Olá amigos,

 

Diante de alguns acontecimentos atuais, estive fazendo uma reflexão sobre algumas decisões que tomamos na vida e que podem fazer toda a diferença em nosso futuro.

Minha mãe sempre sonhou em ver-me formado e sendo capitão da marinha. Em 1992 soubemos que próximo a estação São Bento do metrô em SP tinha um lugar para fazer inscrições e terminar o ensino fundamental e médio pelas forças armadas e a oportunidade de seguir carreira.

Era necessário ter doze anos e estar na sexta série do ensino fundamental. Como entrei adiantado na escola, eu já estava na sexta série, mas só completaria doze anos em setembro. Assim ficou combinado que eu voltaria em 1993 para fazer a inscrição e ir estudar na marinha.

Para os candidatos que escolhessem a marinha, teriam que morar na base militar no Rio de Janeiro. Viria em casa apenas um final de semana por mês e nos feriados nacionais.

As pessoas que me conhecem sabem o quanto eu fui louco pela minha mãe e minha avó materna e ficar longe delas foi o que me fez decidir em abrir mão de tudo de bom que eu poderia ter no futuro seguindo carreira desde criança na marinha e hoje aos trinta e dois anos podendo ter uma alta patente lá dentro.

Hoje me sinto um privilegiado, fui iluminado quando tomei a decisão de não ir, pois cinco anos depois minha avó faleceu e mais dois anos minha mãe faleceu. Não sei o que perdi na minha carreira profissional e financeira, mas ganhei os últimos cincos e sete anos de vida da minha avó e da minha mãe que para mim isso não tem preço, inclusive minha mãe morreu nos meus braços.

Na manhã de hoje, 06/03/2013 fomos surpreendidos com a notícia da morte do vocalista da banda Charlie Brown Jr, Chorão. Porém pelo que fiquei sabendo pelo noticiário é que o filho dele passou um tempo afastado dele e há pouco se reaproximou do pai novamente. Segundo a imprensa, enquanto aguardava a liberação do corpo, ele ligou várias vezes para o celular do pai e pedia para o pai atender.

Não importa o que fizeram com que os dois se afastassem, mas foi a decisão de alguém que vai interferir intensamente daqui para frente na vida dele pensando em quantos momentos ele deixou de passar ao lado do pai.

Um outro fato que me fez refletir sobre as decisões tomadas chega a ser supérfluo  diante do que citei acima, mas imaginem vocês que no pouco tempo em que os participantes do BBB13 estão confinados, quantas coisas aconteceram:

 

– Um meteoro caiu na Russia. Sei que não é a primeira vez que isso acontece, mas eu, por exemplo, nunca tinha ouvido falar com tanta repercussão assim.

– O papa Bento XVI renunciou ao cargo. Algo que não acontecia há 600 anos.

– Hugo Chaves morreu. O homem que revolucionou a Venezuela. Não importa a nossa opinião sobre o governo dele, mas temos que reconhecer que existia um país antes dele e hoje há outro bem diferente.

– Chorão morreu. O Chorão foi a voz de uma geração. Ainda é cedo para falar sobre isso, mas creio que ele entrará para a lista dos imortais como Renato Russo, Cassia Eller, Cazuza, etc.

 

E muitas vezes tomamos atitudes impensadas, com a cabeça quente ou sob o efeito de emoções que vão mudar para sempre o nosso futuro. Eu mesmo estou passando uma fase da minha vida que estou tomando uma decisão que a chance é maior que eu me arrependa depois do que tenha bons resultados, mas a vida não me deu mais tempo para avaliar, é uma decisão que eu tenho que tomar agora.

Meus amigos, cuidado! Antes de tomar uma decisão analise com carinho às possibilidades, porque algo que parece simples pode ser muito complexo depois e vice-versa.

Como diz o slogan da rádio Band News Fm, em vinte minutos tudo pode mudar.

 

Abraços, Sam.

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