Ainda criança tinha medo,
Mas medo do que?
De tudo o que eu poderia perder.
Então sonhava em perder tudo de uma vez,
Mas não foi assim que se fez.
Estas percas não são escolhas nossas,
E nem ao menos temos respostas.
A primeira perca é um grande marco,
Mas mesmo com toda a dor, ainda temos onde ancorar o nosso barco.
A segunda é a pior de todas,
Pois ali estavam todas as nossas forças.
Com o castelo em ruína,
Vamos aprendendo o que a vida nos ensina…
Três, quatro, cinco, seis… e ainda não sei lidar com a vida sem vocês.
Tudo o que sonhei para a vida,
Nada se realizou,
Só restam duvidas e dores de amor.
Um ser tão pequeno,
Sonhado com tanto carinho e amor,
Antes mesmo de ser formar,
Partiu deixando tanta dor.
Mas ainda restava uma esperança,
Pois ainda existia o pai desta criança.
De repente tudo mudou,
Sem ao menos avisar,
A morte chegou e o levou…
O que resta agora para mim?
Tentar viver sem pensar no fim!
Um grande beijo à todos e até a próxima.
Anissima de Paula.