Olá amigos,

 

Para quem não assistiu o filme “O Senhor dos Anéis e a Sociedade do Anel” convido que assista pelo menos a introdução ou leia o parágrafo a seguir para entender o que tem acontecido na justiça brasileira.

Na Terra Média (não significa idade média) foram desenvolvidos nove anéis de poder dados aos Elfos, Anões e Homens, mas sem o conhecimento dos demais, Sauron – o Senhor da Escuridão, forjou na montanha da perdição o Um Anel que era soberano e dominava todos os demais trazendo guerras, horror e desespero a todos os povos da época.

Apesar de adorar a trilha sonora, a fotografia e o restante da história, vamos dispensá-los por enquanto.

Hoje no Brasil vemos a mesma situação na justiça brasileira. Com os nove anéis estão procuradores, juízes, desembargadores, polícia, procuradoria geral da república e até mesmo ministros do Supremo Tribunal Federal.

Mas há o Um Anel que é contra todos e faz questão de causar guerras, horror e desespero para toda a justiça e sociedade e que como Sauron também tem seus aliados e seguidores.

Enquanto Brasília se esvazia para o recesso de final de ano, os ministros do STF faziam suas últimas considerações, guardavam suas canetas caríssimas, desligavam seus laptops e caminhavam rumo ao aeroporto Juscelino Kubtschek, o Senhor da Torga Prega possessor do Um Anel agiu incansavelmente deixando juristas e a sociedade boquiabertos.

 

Blog do Noblat @BlogdoNoblat

Foi pesado o expediente do ministro Gilmar Mendes. Ajudou a arquivar denúncias contra quatro políticos. Suspendeu inquérito contra o governador Beto Richa (PSDB), do Paraná. E mandou soltar Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral.

 

Lucas de Vitta‏ @lucasdevitta

O dia de Gilmar Mendes: – trocou a prisão preventiva da esposa do Cabral por domiciliar. – rejeitou denúncias da PGR contra o senador Benedito de Lira e contra os deputados Arthur Lira, Eduardo da Fonte e José Guimarães. – mandou suspender inquérito contra Beto Richa.

 

Monique Cheker‏ @MoniqueCheker

Gilmar Mendes e o Natal do “colarinho branco”: 1) Prisão domiciliar para a mulher de Sérgio Cabral; 2) Denúncia contra 4 políticos rejeitada; 3) Suspensão de inquérito contra governador do PR; 4) Liberdade ao empresário das “quentinhas”; 5) Proibição da condução coercitiva.

 

Bruno Calabrich‏ @brunocalabrich

A decisão do min. Gilmar Mendes divulgada hoje, impedindo conduções coercitivas em todo o país, praticamente obriga juízes, MP e polícia a lançar mão de prisões temporárias – mais gravosas para investigados, é óbvio. A pretexto de aumentar direitos, restringirá direitos.

 

Quem deu tanto poder a esse homem? Porque ele tem o poder de desfazer tudo o que os outros fazem?

A Presidente do STF em nome de uma harmonia que não existe há muito tempo, adia os pedidos de impedimentos do mesmo.

Quisera Deus, o Universo ou que quer que se acredite como divindade que nesse momento o presidente do STF fosse o Ministro Barroso que muitos olharam com desconfiança quando foi para o STF.

Barroso tem aberto discussões em plenário para tentar conter as tiranias de Gilmar Mendes, mas a ministra Carmém Lucia, a quem respeito e admiro muito, pouco tem feito para conter as ações de seu colega.

Eu nunca estudei direito, mas há algumas ações de Gilmar Mendes que contrariam a ele mesmo. Se no passado era a favor da prisão após julgamento em segunda instância, o que o leva a trocar de opinião agora?

Se no Brasil milhares de mulheres cumprem pena em presídios mesmo com filhos pequenos, independente do crime que cometeram, porque Adriana Anselmo tem que cumprir pena em regime domiciliar?

O que da impressão ao povo brasileiro que ele é do contra: “O que os outros vão dizer para que eu fique do outro lado?”.

Caro ministro, o Senhor é ministro do Judiciário e não do legislativo ou do executivo. O Senhor não é da oposição, não tem oposição na justiça.

O que nos restará em 2018? Um ano com vários feriados prolongados, copa do mundo e eleições gerais? Nada disso será pior do que continuar com Sauron dentro do STF.

Mas continuemos lutando por dias melhores, para sempre.

 

Abraços, Sam.

 

 

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