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O ano de 2025 começou hoje. Ao contrário dos outros anos, dessa vez não esperamos o carnaval.
Na vida cotidiana, as escolas particulares começaram na semana passada, mas a grande maioria começaram hoje. Fim das férias das crianças, início do sossego dos pais.
Na vida política e jurídica, foi também o momento do congresso e do judiciário voltar ao trabalho.
Esse ano também pode ser considerado o primeiro ano do governo atual sem reflexos do governo anterior. No dia 01/02 foi eleito os novos presidentes do Câmara dos Deputados e do Senado.
É certo que é mais do mesmo. No Senado, eleito com quase 90% dos votos, foi reconduzido o ex-presidente da casa o Senador Davi Alcolumbre (União-AP). Ele foi presidente do Senado por dois mandatos e indicou Rodrigo Pacheco (PSD-MG) que presidiu por dois mandatos e agora devolve o Senado para ele. Um jogo de cartas marcadas.
Na Câmara dos Deputados, outro jogo de cartas marcadas, com quase 87% dos votos, foi eleito Hugo Motta (Republicanos-PB) que também foi indicado do então presidente Artur Lira (PP-AL) e que deve continuar com muita influencia nos bastidores.
No executivo, a partir de agora, deve começar uma dança de cadeiras nos ministérios a fim de arrumar a base para obter mais votos no congresso, mas de olho também nas eleições de 2026. O único ministério que não esperou pela eleição dos presidentes e novas mesas diretoras do congresso foi o da comunicação. Sidônio Palmeira substituiu Paulo Pimenta que continua no governo, mas ainda sem cargo definido.
Outra mudança que aconteceu no final do ano passado, mas que complementa essa mudança na segunda metade do atual governo é o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Além das mudanças internas, apesar de ter tomado posse em 20 de janeiro, as ações de Donald Trump começam a surtir efeitos agora a partir de fevereiro. Ele anunciou os valores das taxas de importações a produtos importados dos países retaliados por ele. Para Canadá e México as taxas ficaram em 25% e para a China 10%.
O primeiro ministro do Canadá, Justin Trudeau, prometeu aumentar em 25% também as tarifas dos produtos importados dos EUA. A China decidiu denunciar os EUA na OMC (Organização Mundial do Comércio) e o México como parte mais fraca dessa guerra comercial ainda não anunciou quais atitudes devem ser tomadas.
Com todas essas mudanças e ações internas e externas 2025 vai mostrando sua cara, uma nova guerra fria se encorpando cada vez mais com EUA de um lado e o resto do mundo do outro o que pode levar a um aumento da inflação global, além de insegurança militar com promessas de Trump de tomar o Canal do Panamá do Panamá, de querer a Groelândia para os EUA e até a absurda possibilidade de anexar o Canadá aos EUA.
Continuam indefinidas as guerras no Oriente Médio e na Rússia/Ucrânia. Apesar do cessar fogo em vigência entre Israel e o Hamas, é uma guerra que pode voltar a pegar fogo a qualquer momento e que pode se espalhar por mais territórios do Oriente Médio.
Agora em fevereiro completam três anos da invasão Russa e do início da guerra. Donald Trump ainda não disse quais são seus planos para o fim desse conflito. É certo que a Ucrânia deve perder os territórios já conquistados pela Rússia, mas daí o que mais pode acontecer até o fim definitivo da guerra ainda é uma incógnita.
Como manda o protocolo da boa convivência, o presidente Lula (PT-SP) recebeu hoje no Palácio do Planalto os novos presidentes das casas legislativa e participou da solenidade dos trabalhos do judiciário no Supremo Tribunal Federal. Mas isso está longe de significar harmonia entre os poderes, principalmente porque continua a indecisão sobre as emendas parlamentares que o Ministro Flávio Dino tem bloqueado pedindo esclarecimentos sobre o destino delas, o que os parlamentares se negam a apresentar.
Essa é uma briga que extrapola legislativo e judiciário e cai no colo do executivo que tem suas solicitações ao congresso dificultadas ou bloqueadas para o que o governo também pressione o STF a liberarem as emendas. Tal confusão toma proporções tão grande que o orçamento de 2025 ainda não foi votado pelo Congresso. Não é a primeira vez que isso acontece, mas mostra o quanto os ânimos andam alterados.
Outras solicitações do governo que deve agitar o congresso é o projeto de isentar pessoas que recebam até cinco salários mínimos do pagamento de imposto de renda. O problema será o contrapeso que seria a taxação dos mais ricos e/ou grandes fortunas.
A alta nos preços dos alimentos acima do índice de inflação do ano passado é outro problemão para o governo resolver. Apesar da previsão mostrar uma estabilidade no tempo, sem grandes desastres como secas severas e enchentes, o preço do dólar e principalmente as ações do governo americano podem fazer a inflação subir ainda mais o que torna qualquer deflação ou até mesmo estabilidade no valor dos alimentos impossível.
Para finalizar no dia 01/02/2024 teve aumento na taxa do ICMS sobre os combustíveis. Além disso a Petrobrás não pode mais conter o aumento do diesel por causa da alta defasagem em relação ao preço internacional. Os preços nas bombas já subiram e além de subir a inflação por si só, deve aumentar o preço de produtos e serviços que sofrem impactos com esses aumentos. A presidente da Petrobrás já anunciou que deve vir em breve aumento também na gasolina.
Assim, para quem desejou um feliz ano novo em janeiro, já pode começar a ser sincero e desejar sanidade mental, pois esse ano teremos muitas surpresas, mas nenhuma deve deixar muita gente feliz. Mas não percamos as esperanças de dias melhores para sempre.
Abraços, Sam.