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Estamos vivendo um período muito difícil na política econômica do Brasil e nada tem a ver com o ministro da economia, Fernando Haddad, ou qualquer outro integrante da equipe econômica.

O problema é criado pelo próprio presidente Lula que ao fazer duras críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem gerado uma queda de braço onde quem perde é o Brasil.

O presidente do Banco Central não é nenhum santo. Bolsonarista declarado tem tomado diversas ações que mostra o quanto ele está insatisfeito com o governo. Para suas ações usa como justificativa os juros americanos e as incertezas do ajuste fiscal do governo.

Mas todos os brasileiros sabem que quando um não quer, dois não briga. Lula deveria exigir de sua equipe que os cortes nos gastos públicos, o aumento da segurança nas políticas fiscais e principalmente a busca pelo déficit zero esse ano fossem alcançados o mais rápido possível.

Isso tiraria de Campos Neto seus argumentos, mas quando o próprio PT se mostra contra o corte de gastos e até incentiva a gastar mais, quando Haddad encontra resistência dentro do próprio governo para alcançar o déficit zero nesse e nos próximos anos, dá ao mercado e ao Banco Central a desculpa perfeita para manter os juros altos e não tentar conter a alta desenfreada do dólar.

Ontem, dia 01/07/2024 o dólar fechou a cotação à R$ 5,65 e hoje, dia 02/07 às 16:05 o dólar está a R$ 5,68.

Tudo isso tem a ver sim com as incertezas internacionais e internas, mas com cotações muito mais baixas e altas diárias muito inferiores o Banco Central fazia interferências para frear a alta do dólar.

Agora com essa queda de braço entre Lula e Campos Neto o Banco Central finge que não está no planeta Terra, muito menos no Brasil e deixa o mercado especular e levar o dólar as alturas.

Caro leitor, lembre-se que há muitos produtos que tem seus valores atrelados ao dólar, inclusive produções nacionais como as agrícolas e muitos produtos que consumimos no dia a dia são importados.

Uma das coisas que deve ter um impacto muito grande é o preço dos combustíveis que já está defasado do mercado internacional há algum tempo. Todos nós sabemos que com o transporte da maioria das mercadorias feito por estradas, o preço do combustível impacta no valor final de quase todos os produtos.

Outros produtos muito importantes que têm os preços atrelados a cotação do dólar é o trigo e o milho. Se o preço desses dois disparar, toda a cadeia alimentar dispara.

E com tudo isso o Banco Central provoca aquilo que diz querer combater com os juros altos, a inflação.

A conclusão que Lula e Roberto Campos Neto esqueceram das dimensões de suas ações e estão como dois moleques de condomínio disputando quem manda mais no pedaço, mas essa briga política pode levar o país a uma série crise econômica.

Como diria Dilma Rousseff nessa briga não ganha nem quem perder e nem quem ganhar, perde o Brasil.

Mas não deixemos de lutar por dias melhores para sempre.

Abraços, Sam.

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