Olá amigos,

Se a Presidência da República fosse uma empresa privada com certeza o presidente seria demitido no prazo de experiência.

Ouso dizer que nem Dilma Rousseff conseguiu ser tão ruim em seus inícios de mandatos como Bolsonaro tem sido.

Nesse curto período ele conseguiu fazer seus eleitores se calarem e já não é tão fácil os encontrar. Já os que deixaram de votar, votaram em branco ou em outros candidatos estão longe de serem convencidos que não tinham razão, ao contrário, estão cada vez mais conscientes de que fizeram uma boa escolha em não votar nele.

E o que mais contribuiu para isso não foi a impopular reforma da previdência. A causa do descontentamento com o governo tem sido a desorganização e os problemas sem relevâncias criados por ele, sua equipe e seus filhos.

Bolsonaro foi eleito como salvador da pátria. Seus eleitores depositaram nele uma esperança cega de que só ele poderia conduzir o Brasil para a prosperidade e o fim da corrupção.

Logo no começo descobriram que há um certo Queiroz e que transações financeiras muito suspeitas rondam o clã da família Bolsonaro.

Seu partido é suspeito de ter um “laranjal” como ficou conhecido. Inclusive a primeira baixa ministerial foi de um dos seus principais ministros e por esse motivo. E por falar em baixa, foi em meio uma baixaria que essa demissão se deu, envolvendo seus filhos e seus tweets.

Quando foi necessário apoiar a eleição de Rodrigo Maia para presidência da Câmara dos Deputados houve um grande descontentamento de seus eleitores, uma vez que Rodrigo Maia está longe de ser um exemplo de honestidade, mas era a garantia da aprovação da reforma da previdência.

Pois mais uma vez, seus ministros, filhos e tweets conseguiram estragar tudo e desgastaram a relação com esse importante aliado até então. Apesar das juras que os ânimos já se acalmaram, sabe-se que uma relação estremecida uma vez nunca mais volta a ser a mesma.

A PEC deixando o orçamento da União mais engessado foi aprovada como resposta dos deputados e podem vir mais demonstração de força por parte desses, o que deixa a governabilidade cada vez mais difícil.

Em críticas a ex-presidentes, Bolsonaro tem se gabado por não fazer negociações com o congresso, ele só não se atentou que o que derrubou Dilma Rousseff não foi o crime de responsabilidade fiscal, mas exatamente por não negociar com o congresso.

É possível fazer uma negociação dentro da lei e impedir a paralisação do governo.

Diante do quadro que temos hoje, a reforma da presidência não será aprovada como foi apresentada. Será desidratada e com isso a economia será bem menor do que a prevista pelo ministro Paulo Guedes.

Com isso o mercado financeiro ficará descontente e tende a não fazer os investimentos necessários e a economia, leia-se também empregos, não deve crescer ou até mesmo piorar.

Há outras questões globais que podem refletir na economia brasileira. A falta de acordo no Brexit deve prejudicar a economia europeia. A guerra comercial entre EUA e China pode também ajudar a piorar a economia mundial e a presidente do FMI já anunciou que a economia global vem desacelerando.

Como podem ver, mesmo fazendo a lição de casa, podemos não ter o sucesso esperado por influências externas, imagina se continuar com essa bagunça doméstica.

É preciso deixar questões sem relevância para depois. Não é momento de pensar em agradar Donald Trump apoiando a construção de seu muro insano. Deixasse a embaixada em Tel Aviv. Deixasse para discutir se foi ou não golpe em 1964 para o último ano do governo.

Agora o importante é fazer a economia crescer, gerar renda e empregos. Um povo com dinheiro no bolso deixa o governo fazer o que quer. Sem dinheiro o povo não apoiará nem a melhor das intenções.

Bolsonaro está conseguindo fazer o povo gostar mais do gerenal Amilton Mourão do que dele, por ser mais sensato.

Se odiando o Temer o povo apoiou o impeachment, imagina com simpatia pelo general?

A lei de responsabilidade é muito sensível, ele precisa do congresso para fazer vistas grossas e não o enquadrar nela. Se ele continuar do jeito que está, logo o congresso terá uma a faca e o queijo na mão e não exitará em cortar e servir a população com goiabada.

Mas não é bom que isso aconteça, pois mais um impeachment em tão pouco tempo acabará com a credibilidade da democracia brasileira e a recuperação da nossa economia será muito mais difícil e demorada.

Já passou da hora de parar com os tweets, fazer os filhos se aquietarem e se ajuntar aos presidentes do poder executivo e criar uma agenda positiva.

Não há mais tempo a perder, o povo não esperará os quatro anos de governo para começar a cobrá-lo.

Ano que vem tem eleições municipais e logo após começam a discutir a sucessão presidencial. Ou se faz o que tem que ser feito agora ou os livros de história não pouparam sua biografia de um dos piores presidentes da república.

Quanto a nós, devemos ficar atentos e lutar por dias melhores, para sempre.

Abraços, Sam.

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