Olá amigos!

Hoje a minha reflexão é sobre a vida e a morte.

Tenho 41 anos, desses 20 vividos no século XX e 21 (quase 22) no século XXI, os dois maiores séculos da história.

Em séculos passados houve muito aprendizado, grandes descobertas, a humanidade chegou a todos os continentes da Terra, mas a vida ainda era muito rudimentar.

Foi no século XX que a luz elétrica se espalhou por todo o planeta, mas aqui no Brasil ela só chegou a todos os lugares no governo Lula (2003 – 2011) já no século XXI.

A grande revolução na indústria através de Henry Ford foi no século XX e isso fez com que se agilizasse e ficasse mais barato a linha de produção o que deu origem a uma transformação no planeta de uma forma geral.

Principalmente nas Américas que já foi chamado de mundo novo, as cidades que conhecemos hoje tomaram suas formas atuais nos séculos XX e XXI.

Até o início do século XX a mais famosa avenida de São Paulo era de terra, com seus casarões. Hoje símbolo de modernidade com seus arranha-céus, metrô subterrâneo e seu característico trânsito de todos os tipos de automóveis. No topo de seus prédios, helipontos para outra máquina do século XX, os helicópteros.

O mundo se tornou menor no século XX, os aviões encurtaram distâncias, trouxeram agilidade, transportam não só pessoas, mas tornou possível a globalização através do transporte de cargas.

Dois enormes conflitos mundiais também marcaram o século XX, ceifaram milhares de vidas, mas colocou a humanidade para pensar e refletir se queremos conflitos tão grandes como esses. As guerras ainda não acabaram, mas hoje a humanidade em sua grande maioria rejeita e repudia a guerra.

Para o Brasil o século XX chegou com apenas 78 anos de independência. Erámos um bebê que tinha descido a poucos dias pela primeira vez do colo da mãe e estávamos engatinhando. Faríamos grandes coisas, mas com o direito de errar muito.

Mas não erramos tanto, tivemos duas ditaduras, mais ainda faltando quinze anos para o final do século já tínhamos conquistado nossa democracia. Ela ainda é ameaçada, há desloucados que a questionam, mas é uma imensa minoria que só aparece porque é muito escandalosa.

Se olhássemos um retrato do final do século XX no final do ano 2000 diríamos que tínhamos chegado ao mais longe que a humanidade poderia chegar.

Os satélites e as TVs já traziam imagens em tempo real de qualquer canto do mundo para dentro das casas das pessoas.

O homem já voava, tinha ido a lua, feito diversas viagens em espaçonaves ao redor da Terra, os PCs (computadores pessoais) já estavam nos escritórios e entrando nas casas das pessoas. A internet dava seus primeiros passos e traziam informações, diversão e cultura.

Ah, mais a maioria não tinha ideia do que um pequeno aparelho que surgiu para ser um telefone móvel poderia fazer na vida da humanidade.

Nossas vidas nesse novo século foram transformadas, sacudidas, atropeladas de uma forma avassaladora com o avanço da Internet e os celulares que depois foram mutados para os smartphones.

Perdemos a privacidade, o sossego, não conseguimos mais nos esconder, é como se estivéssemos expostos o tempo todo. Seus contatos te chamam a qualquer hora do dia ou da noite e se indignam se não obtém resposta imediata. Trouxe um senso de urgência a tudo, nada pode ficar para depois.

Mas por outro lado, tudo ficou mais fácil. Os bancos estão na sua mão, a notícia, a diversão, a comunicação, o trabalho.

As perigosas redes sociais fizeram com que antigos amigos de escola e trabalho se reencontrasse e amizades distantes e esquecidas fossem reativadas. Ninguém importante ficou perdido. Quem não foi encontrado é porque não tinha importância.

O homem conquistou definitivamente o espaço. Com a estação espacial internacional (ISS) é possível morar no espaço, robôs chegaram aos planetas do sistema solar, mesmo os que foram rebaixados (plutão) e sondas saíram do sistema solar e ganharam o universo viajando por outras estrelas e fotografando outras galáxias.

Enquanto o homem desbrava o universo, procurando saber se ele realmente é infinito, se há vida inteligente fora da terra, existe outro universo e então estaríamos em multiversos?

O homem começa a criar o Metaverso. Um universo paralelo a realidade, seremos capazes de entrar no universo da internet, o universo das máquinas e poderemos ter duas vidas, a vida humana no mundo real e a vida cibernética no mundo paralelo.

E o que me faz lamentar a morte, a finitude de tudo não é a minha vida particular. Não sou especial, não fiz nada pelo desenvolvimento da humanidade, mas sou um observador e admirador da história.

Quando meu corpo morrer eu não queria que minha consciência fosse desligada. Eu queria que assim que meu coração parasse minha consciência ganhasse liberdade de voar e viajar pelo planeta conhecendo tudo o que eu não pude conhecer e passasse a eternidade observando a humanidade e seu desenvolvimento.

Outra possibilidade é de que eu vivesse pelo menos 40 anos em cada século e poderia ser como foi agora. Nascer sempre e 80 e morrer na década de 20. Para sempre admirar essas transformações, as alegrias e as tristezas que a humanidade causa a si mesma.

A vida e a história são tão lindas que viver apenas uma vez, por mais anos que você viva, são pouco.

Não se ache demais. Você é só um grão de areia na praia. Independente das suas alegrias ou tristezas, da sua vida ou da sua morte, esse turbilhão que é o universo continuará pulsando para sempre.

Abraços, Sam.

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