Olá amigos,

O grande destaque desta semana foi a troca das cadeiras. Ao encerrar minha publicação da semana passada eu havia comentado que o chanceler Ernesto Araújo estava sofrendo uma pressão muito grande e disse que durante essa semana veríamos o que aconteceria com ele.

Pois é, ele esticou ainda mais a corda tornando público uma reunião que ele teve com a Senadora Katia Abreu e distorceu os motivos da reunião e dizendo que ela o havia procurado para favorecer a China em relação a tecnologia 5G.

A situação que já vinha ruim ficou insuportável, pois não só Katia Abreu, mas a maior parte do senado se sentiu ofendido com a provocação e a panela de pressão na cabeça dele foi tamanha que ainda na segunda-feira ele pediu demissão.

Acontece que o presidente não queria demonstrar que o congresso havia vencido mais uma vez como foi no caso de Eduardo Pazuello. A essa altura não tem mais como esconder a cobrança do centrão por cargos e poder.

Assim, Bolsonaro resolveu fazer uma verdadeira dança das cadeiras. Mas ao contrário de outros governos, pois todos os presidentes fazem reformas ministeriais, Bolsonaro não sabe fazer nada sem criar uma crise.

Chamou o ministro da defesa e o demitiu pegando a todos de surpresa. O general da Reserva Fernando Azevedo e Silva em seu discurso de entrega do cargo deixou muito claro, estava saindo porque não politizou as forças armadas.

Bastou isso para uma nuvem escura, pesada e cheia de raios cobrir o céu de Brasília. Na terça-feira pela manhã os três chefes das forças armadas foram se encontrar com o novo ministro, o também general da reserva Braga Netto.

Eles tinham em mente pedirem demissão juntos, mas não precisou, a carta de demissão dos três já estavam assinadas. É a primeira vez que isso acontece no Brasil desde a redemocratização.

Apesar de toda a confusão e o clima tenso, o alto escalão das forças armadas precisam dar o exemplo. Se eles se rebelam contra o presidente da república que é o superior de todos eles, os subordinados a eles podem se rebelar também e no baixo escalão das forças armadas há uma grande quantidade de bolsonaristas.

Então, colocaram a bola no chão, fizeram a lista tríplice como é tradição e o presidente escolheu os novos chefes das forças armadas.

Aparentemente vida que segue sem maiores problemas, mas nos bastidores diz que Bolsonaro com isso perdeu o apoio do alto escalão das forças armadas.

Depois da mudança então do ministério da Defesa entre os generais da reserva, foi divulgado quem assumirá o Ministério das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França.

França é diplomata de carreira e estava na assessoria especial da Presidência da República. Por ser um diplomata de carreira, espera-se que as coisas se acalmem e que ele consiga voltar o diálogo principalmente com Índia e China que são países chaves no combate a pandemia.

Com a saída do general Braga Netto, Luiz Eduardo Ramos assumiu o Ministério da Casa Civil da Presidência da República. Luiz Eduardo era Ministro da Secretaria de Governo.

Para vaga de Luiz Eduardo na Secretaria de Governo foi escolhida a deputada federal Flávia Arruda. Ela está em seu primeiro mandato, mas já é conhecida do congresso por ser a esposa do ex-governador do DF José Roberto Arruda.

André Mendonça também saiu do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Ele voltou a assumir a Advocacia Geral da União no lugar de José Levi, procurador da Fazenda Nacional.

Em seu lugar assumiu o delegado da Polícia Federal Anderson Torres. Pelo menos dessa vez não foi outra crise como quando André Mendonça assumiu.

Após o movimentadíssimo começo da semana, o assunto político voltou a ser a aprovação do Orçamento 2021.

O orçamento aprovado não tem como ser executado. Ou o presidente sanciona com a ciência que não será executado ou tem que ser refeito.

O congresso já disse que esse orçamento foi feito inclusive com participações de integrantes do Ministério da Fazenda e que não está disposto a refazer.

E mais uma vez vamos encerrar uma semana esperando por mais um desfecho de uma confusão do governo. Apesar de falar tão mal da Globo, Bolsonaro aprendeu direitinho como fazer uma novela e deixar sempre um ponto de interrogação na cabeça do brasileiro para a próxima semana.

Assim amigos, se cuidem, sendo possível, façam distanciamento social e continuemos lutando por dias melhores para sempre.

Abraços, Sam.

Referências:

G1

Imagem

BandNews Fm

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