Olá amigos,

Na semana passada mais uma vez a violência no Rio de Janeiro virou destaque no noticiário nacional, mas desta vez não é nenhum confronto entre policiais e milícia ou traficantes.

O racismo fez mais uma vítima no Brasil. Ao contrário do que alguns dizem, o racismo é estrutural nesse país e faz vítimas todos os dias em algum lugar desse enorme território.

Alguns a gente fica sabendo, outros são discriminados, sofrem violência verbal e física, chegam até a morrer e ninguém fica sabendo.

Durval Teófilo Filho, 38 anos, morador de São Gonçalo na região metropolitana do Rio de Janeiro, trabalhava como repositor em um supermercado.

Ao chegar em casa, como tantos outros brasileiros, mexia em sua mochila, talvez até para pegar as chaves, levou três tiros do sargento da marinha Aurélio Alves Bezerra.

Segundo Aurélio, ele se sentiu ameaçado porque Durval vinha em direção ao seu carro mexendo na mochila.

Somente depois de atirar três vezes e ver Durval cair no chão, Aurélio saiu do carro e foi ver quem era e descobriu que era seu vizinho que assim como ele chegava em casa e só queria encontrar sua família.

Aurélio levou Durval para o Hospital Estadual Alberto Torres, também em São Gonçalo, mas Durval não resistiu e morreu.

Deixou esposa e uma filha de seis anos que ao ouvir os tiros de dentro de casa pressentiu que poderia estar acontecendo alguma coisa com o pai.

Até aqui essa história já é trágica o suficiente. Já causa náusea, mas ainda piora.

A polícia civil do Rio de Janeiro teve a capacidade de indiciar Aurélio preso em flagrante e confesso como autor desse crime horroroso como Homicídio Culposo – quando não há intensão de matar.

Ora, se três tiros disparados em direção a uma pessoa não têm intensão de matar, o que qualifica um crime doloso – com intensão de matar? E se fosse ao contrário, se o negro tivesse disparado contra um homem branco de classe média sargento da marinha?

O Ministério Público corrigiu esse deboche da cara da sociedade e oferecerá acusação como homicídio doloso.

Aqui temos dois pontos que gera um grande debate, mas que só está do outro lado quem tem interesses escusos:

1 – O racismo no Brasil é muito forte. É estrutural. Negros têm menos oportunidades em empregos, geralmente têm funções braçais e são discriminados pela sociedade civil, pela polícia e não tem importância para os governantes.

2 – Os brasileiros não estão preparados para se armarem. Não há testes psicológicos, estudo sobre a vida de cada um que queira ter uma arma que identifique um psicopata, um racista etc.

Com armas espalhadas pelo país quem vai morrer cada vez mais é o preto, o pobre, os inimigos políticos etc.

É ilusão de que uma sociedade armada os bandidos vão ter mais medo para assaltar alguém.

No meu ponto de vista isso é um dos poucos passos que faltam para que nós tenhamos uma guerra civil armada nas regiões metropolitanas espalhadas pelo país.

Precisamos lutar sim, contra o racismo ou qualquer outro tipo de discriminação e pelo fim da violência.

Lutemos sim, todos os dias, para que tenhamos dias melhores para sempre.

Abraços, Sam.

Referências:

Band News FM

Brasil de Fato

Imagem:

Fundação Tide Setubal

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