Olá amigos,

No começo do ano pensei que conseguiria escrever todas as semanas, doce engano.

Mas, tudo parecia estar no caminho certo. Algumas vacinas já estavam sendo aprovadas pela Anvisa, a produção aqui no Brasil iniciando apesar de alguns atrasos na importação do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), mas as esperanças eram de que as coisas só melhorassem desde então.

Ledo engano. Três meses depois estamos com todos os estados com o sistema público e, pasmem, privado em colapso.

O problema agora não é só a falta de oxigênio em Manaus, corre o risco de faltar oxigênio e medicamentos utilizados na intubação em várias cidades do país, inclusive nos estados do sul e do sudeste.

Em toda nossa história estamos acostumados a ver estados do norte e nordeste sofrerem enquanto estados do sul e sudeste passam ilesos de diversos problemas do país. Dessa vez não.

Governadores e prefeitos buscam equilibrar a balança da saúde x economia. Mas dessa vez a saúde teve que ser levada a sério. Somente essa semana já foram mais de 15.000 óbitos em todo o Brasil.

Se em janeiro havia transferência entre estados de pacientes necessitados de UTI, agora não há mais para onde transferir, estão todos na mesma situação.

Hoje, dia 19/03/2021 o Brasil soma 290.525 mortes e 11.877.099 casos de contaminação. A média móvel está em 2.096 casos por dia.

Na semana passada, durante todo esse caos, o ocupante da presidência resolveu trocar o ministro da saúde.

O que muda na verdade? Nada. Apesar de ter escolhido o médico cardiologista, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, as diretrizes vindas do Palácio do Planalto continuam as mesmas.

No caso específico da região metropolitana de São Paulo, prefeitos da região do ABC e do Alto Tietê pedem que o governador decrete lockdown em toda a região metropolitana, pois não adianta fechar uma cidade e manter a outra aberta, pois elas estão todas interligadas por ruas e transportes públicos.

Apesar da fase vermelha, que exige que apenas atividades essenciais continuem funcionando, ao contrário da primeira onda, os comércios e serviços se recusam a fechar. Muitos estão trabalhando com portas fechadas para não serem pegos pela fiscalização. O resultado disso, é que os transportes públicos continuam lotados e a contaminação não diminuiu nesses quinze dias de fase vermelha.

Em Taboão da Serra, cidade da região metropolitana, mais de 11 pessoas já morreram dentro de UBS e UPAs a espera de um leito de UTI. Nessa semana começaram as mortes na capital paulista.

Um rapaz de 22 anos foi o primeiro a morrer em uma UPA na zona leste da cidade a espera de um leito de UTI.

Ontem, dia 18/03/2021, morreu o Senador Major Olímpio de 58 anos, vítima de complicações da Covid-19. O mesmo que foi um dos apoiadores de Jair Bolsonaro, rompeu com o presidente desde o ano passado por causa das políticas negacionistas de Bolsonaro. Major Olímpio virou um crítico do governo e defensor principalmente da vacinação. Infelizmente sua faixa etária ainda não está sendo vacinada e ele foi mais uma vítima dessa doença tão destruidora.

As previsões dos médicos e especialistas é de que ainda não chegamos ao pico dessa segunda onda. O mês de março será o pior mês desde o início da pandemia.

Mesmo com todo esse tema sendo explorado pela imprensa o tempo todo, no final de semana passada o jogador do Flamengo Gabigol foi encontrado em um casino clandestino em São Paulo no meio de uma grande aglomeração em plena fase vermelha. Foi classificado como um grande gol contra.

De quarta para quinta outra festa clandestina foi fechada em Carapicuíba. Ou seja, falta ações do governo federal, há erros e acertos dos governos estaduais e municipais, mas falta também a colaboração da sociedade como um todo.

A preocupação com a economia é legítima, mas como disse hoje o prefeito de Santo André,  Paulo Serra (PSDB), quanto mais adiarmos medidas severas de controle da pandemia, mais prejudicaremos a economia.

Assim amigos, se cuidem, sendo possível, façam distanciamento social e continuemos lutando por dias melhores para sempre.

Abraços, Sam.

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