Vou-me embora pra Pasárgada
Lá tenho um caso com o rei
Lá acordo com o canto dos pássaros
E durmo com o cantar dos grilos e coaxar dos sapos na beira do rio de águas límpidas que me banho nas tardes quentes de verão.

 

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá cavalgarei nos cavalos brancos dos príncipes
Caminharei pelas florestas floridas na primavera e cobertas pela neve no inverno.
No outono quando eu for a cidade, levantarei bem cedo
Para ter tempo de subir na pedra que há no meio do caminho.
No meio do caminho há uma pedra onde se é possível sentir a força e o uivar dos ventos
E admirar os grandes vales e montanhas.

 

Em Pásargada não há preconceito, racismo ou qualquer outro tipo de discriminação.
Lá não há policia, porque não tem crimes nem mesmo de corrupção.
O rei tem como prioridade a saúde e educação.
Lá não tem privilégios para esse ou aquele, todos seguem o mesmo padrão.

 

Vou-me embora pra Pasárgada
Viver o amor que não tive
Dormir no braços do meu amado
E ganhar beijos ao ser acordado

 

Vou me embora pra Pasárgada
Só lá existe a felicidade.
Lá todos os personagens bonzinhos dos contos de fada existem de verdade
E você os encontra em qualquer canto da cidade.



 

 

Texto de Samuel de Paula baseado na obra de Manoel Bandeira

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